Normalmente as vigas recebem cargas de peso próprio, reações das lajes, ações de outras vigas (no caso em que outras vigas secundárias usam uma viga como apoio, gerando uma carga pontual) e cargas de pilares (é comum “nascer” um pilar em algum ponto da viga, que é chamada de viga de transição, gerando uma carga pontual de valor igual à reação normal do pilar) (ARAÚJO, 2014, v.2).
Vigas podem ser dimensionadas no regime plástico ou elástico, sendo o segundo o mais comum, utilizando os métodos de análise estrutural.
É permitido o uso de simplificações no dimensionamento, analisando de forma isolada o elemento linear, sendo esta a simplificação de último nível. Porém, para que isso seja feito, deve-se atender as considerações feitas pela ABNT NBR 6118:2014 para vigas contínuas.
Pode ser utilizado o modelo clássico de viga contínua, simplesmente apoiada nos pilares, para o estudo das cargas verticais, observando-se a necessidade das seguintes correções adicionais:
a) não podem ser considerados momentos positivos menores que os que se obteriam se houvesse engastamento perfeito da viga nos apoios internos;
b) quando a viga for solidária com o pilar intermediário e a largura do apoio, medida na direção do eixo da viga, for maior que a quarta parte da altura do pilar, não pode ser considerado o momento negativo de valor absoluto menor do que o de engastamento perfeito nesse apoio;
c) quando não for realizado o cálculo exato da influência da solidariedade dos pilares com a viga, deve ser considerado, nos apoios extremos, momento fletor igual ao momento de engastamento perfeito multiplicado pelos coeficientes estabelecidos nas seguintes relações:
— na viga:
— no tramo superior do pilar:
— no tramo inferior do pilar:
[...]
Onde:
rinf = Rigidez do elemento i no nó considerado [...]
(ABNT NBR 6118:2014, p. 93).
Também é permitido pela atual norma de projeto de estruturas de concreto armado o uso de simplificação nas ações das cargas variáveis. Para estruturas de edifícios em que a carga variável seja de até 5 kN/m² e que seja no máximo igual a 50% da carga total, a análise estrutural pode ser realizada sem a consideração de alternância de cargas (ABNT NBR 6118:2014, p. 94).
[...] na maioria dos edifícios residenciais e de escritórios, a carga acidental nas vigas é muito menor que a carga permanente. Nesses casos, não há necessidade de verificar as posições mais desfavoráveis para a carga acidental e os esforços solicitantes são calculados uma única vez, com o carregamento total [...] (ARAÚJO, 2014, v. 2, p. 209).
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